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sexta-feira, 20 de junho de 2008

O POEMA

Dorme um poema em meu intelecto
que deve minh'alma completa expressão.
Eu o sinto vago como som e vento
ainda emoldurado em completa concisão.

Sem estrofe, verso ou vocábulo
Não o é, mesmo quando eu sonho.
É uma mera sensação de que,confuso,
e nada além de uma névoa em torno
[de pensamentos risonhos

Dia e noite com meu enigma
Eu sonho e leio-o e o escrevo completamente,
E mesmo em torno do fio das palavras em mim
Sua vaga completude parece estar iminente.

Eu sei que ele nunca será escrito
Eu sei. Aliás, eu não sei o que é isso,
Ainda que feliz e esperando-o,
e num falso êxito,embora falso,um êxito.



Tradução: Rafael dos Prazeres